Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo falava com clareza e poder. Falava para as multidões e pessoas comuns, de maneira que podiam entendê-lo facilmente. Se havia dificuldade na compreensão, não era por causa da sua linguagem, mas, sim, devido à lerdeza espiritual (mas não intelectual) dos ouvintes.
O apóstolo Paulo condenou o uso do dom das línguas na igreja coríntia — as verdadeiras e não a imitação barata dos pentecostais — sem haver um intérprete, porque de outra maneira as pessoas que não falavam a língua não conseguiam entender a mensagem.
Ele disse: "As palavras que falam com o uso da língua têm que ser claras. Se vocês não falarem com clareza ninguém entenderá o que estão dizendo, pois estarão falando para o ar", 1 Cor. 14.9, VFL.
Há duas necessidades, hoje, no quesito clareza.
Primeiro, a de não ter medo de proclamar toda a verdade num meio religioso mentiroso e hipócrita. É preciso colocar para consideração pública o evangelho de Cristo na sua simplicidade e força, face às diversas doutrinas denominacionais.
Devemos acrescentar, ainda neste ponto, a urgente necessidade de delinear o grande abismo existente entre os auto-chamados progressistas, cuja missão é criar uma "igreja de Cristo renovada", e os que mantêm fidelidade às Escrituras como o padrão de vida e serviço no reino de Deus.
Segundo, a de comunicar os conceitos para a pessoa comum e não para teólogos e peritos. Usa-se frequentemente um nível de linguagem inadequada, altiva, rebuscada e complicada, para os ouvintes, sejam estes irmãos em Cristo ou os não cristãos que ouvem pela primeira vez o evangelho.
Deve-se incluir dentro desta segunda necessidade o uso de versões bíblicas que não precisam ser explicadas aos ouvintes após a leitura da Palavra de Deus. As versões de linguagem ultrapassada ocultam o evangelho pela sua demasiada complexidade. Considerando a baixa escolaridade brasileira e a existência de boas versões no lingujar popular, não há justificativa para continuar com as traduções tradicionais tão valorizadas por protestantes e católicos.
Se pretendemos ser verdadeiros seguidores de Cristo, não devemos nós, diferentes dos grupos religiosos com seus clérigos e teólogos, falar como ele falou, com a mesma simplicidade, a mesma clareza e, por que não?, a mesma força, pelo seu estilo incisivo, claro e distinto?
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