quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Jesus nunca disse nada em segredo

No seu julgamento, Jesus foi questionado pelo sumo sacerdote "a respeito de seus discípulos e do seu ensino" (João 18.19). Ao invés de responder diretamente às perguntas, o Mestre lhe disse:
"Eu tenho falado publicamente para todas as pessoas. Eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde os judeus se reúnem, e nunca disse nada em segredo. Por que você está me fazendo todas estas perguntas? Interrogue as pessoas que me ouviram. Elas sabem muito bem o que eu disse" (versículos 20-21).
Por esta resposta, colocada para iluminar as más intenções dos judeus, ele levou uma bofetada de um dos guardas.

Fica evidente na resposta de Cristo a natureza aberta e pública do seu ensino. O evangelho não é mistério. Ele ensinou de modo que podia convidar o sumo sacerdote a interrogar qualquer pessoa que o ouvia. Seus ouvintes podiam relatar e reproduzir o que disse.

O que Jesus ensinou foi claro e direto.

Todos sabiam, por exemplo, que ele condenava os líderes religiosos. Podiam testemunhar a respeito da sua rejeição da tradição judaica e do seu uso das Escrituras para estabelecer as verdades divinas. Podiam contar como ele curou os enfermos, expulsou demônios, alimentou os famintos e ressuscitou os mortos.

A forma de Jesus ensinar foi clara. Seu conteúdo também foi sem ambiguidade, inequívoco. Falava em positivos e negativos, proibia e ordenava, incentivava e alertava.

O ensino cristão deve participar da natureza do seu ensino, tanto na forma, como no conteúdo. Vê-se o mesmo nos apóstolos e profetas do Novo Testamento. Não há razão por que nosso ensino deve divergir do modelo original. A não ser que nossos objetivos sejam diferentes dos de Jesus, para agradar às pessoas e não a Deus, ou para ganhar o maior número possível, sem atentarmos para a ofensa da Cruz.

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